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Prefeitura entrega 3º Prêmio IPP Maurício de Almeida Abreu para os melhores trabalhos sobre desenvolvimento do Rio – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – prefeitura.rio

Os vencedores da 3ª edição do prêmio foram anunciados em evento no Palácio da Cidade -Divulgação

A Prefeitura do Rio, por meio do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos, realizou, nesta quinta-feira (22/12), a cerimônia de entrega do 3º Prêmio IPP Maurício de Almeida Abreu, de melhores teses e dissertações de doutorado e mestrado sobre o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana. A cerimônia, no Palácio da Cidade, marcou ainda o lançamento da 5ª edição do livro “Evolução Urbana do Rio de Janeiro”, obra escrita pelo geógrafo Maurício de Almeida Abreu nos anos 1980, que retrata de maneira detalhada a transformação territorial da cidade. Campeão de vendas e esgotado nas livrarias cariocas, o livro é considerado obra de cabeceira de estudantes e profissionais de arquitetura, urbanismo e geografia.

Foram habilitados no concurso 111 trabalhos, sendo 64 dissertações de Mestrado e 47 teses de Doutorado. O prêmio, que faz parte das comemorações da Prefeitura no Bicentenário da Independência, abriu oportunidade para trabalhos de 16 universidades, 12 do estado do Rio, duas de Minas Gerais, uma de São Paulo e uma do Espírito Santo. Pesquisas que abordaram os aspectos sociais, urbanos, econômicos, políticos, culturais, ambientais, históricos e de patrimônio histórico do município do Rio e da Região Metropolitana.

Foram escolhidos 12 premiados, divididos em primeiro e segundo lugares de Doutorado e Mestrado, duas menções honrosas ao bicentenário (uma em cada categoria), e seis menções honrosas especiais (três em cada categoria). Os textos foram avaliados pela Comissão Julgadora, integrada por técnicos do Instituto Pereira Passos, da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.

Segundo Carlos Krykhtine, presidente do Instituto Pereira Passos, a entrega do prêmio e o lançamento do livro simbolizam o compromisso do instituto com a reflexão sobre a cidade.

– O IPP, como a casa que produz conhecimento para a cidade, entende que uma parceria com as instituições de ensino e com quem está pensando o Rio só amplia valor. Por isso, também estamos retomando nossa linha editorial, para continuar contando a história do Rio de Janeiro e os caminhos que estamos trilhando para o nosso futuro.

O secretário municipal de Governo e Integridade Pública, Tony Chalita, destacou a importância de valorizar a posição que a cidade do Rio ocupa enquanto difusora de conhecimento.

– Precisamos valorizar a relação da academia com o poder público. Boas políticas públicas não são baseadas em intuições, elas têm base em informações, em dados. A academia tem um papel fundamental nessa construção.

O grande vencedor da categoria doutorado foi o trabalho “Isso não pode ser normal: A vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho”, de Gabriel Lima Simões, do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH – UERJ). O trabalho, que recebeu um prêmio de R$ 18 mil, faz uma análise da relação entre estado e moradores nas comunidades, refletindo sobre a favela como espaço construído, partindo da experiência do autor como pessoa com deficiência.

O segundo lugar da categoria de Doutorado foi para “Rodovia metropolitana. Lógicas projetuais na Avenida Brasil”, de Pedro Barreto de Moraes, do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROURB/FAU – UFRJ). O trabalho foi premiado com R$ 12 mil.

Já o primeiro lugar das dissertações de Mestrado ficou para Filipe Silva de Pontes, com “Patrimônio Cultural Quilombola: a margem no centro de narrativas, imaginários e representações no Camorim, Rio de Janeiro – RJ”. Ele é pesquisador do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAV – UFRJ). O trabalho recebeu um prêmio de R$ 10 mil

O segundo lugar da categoria Mestrado foi dado a “Que Tiro Foi Esse? O medo na favela como ele é”, de Michelly Ferreira Coutinho, do PPFH – UERJ, que foi contemplada com um prêmio de R$ 6 mil.

Também foram concedidas duas menções honrosas aos melhores trabalhos de mestrado e doutorado que abordaram o tema do Bicentenário; e distribuídas outras seis menções honrosas gerais nas duas categorias (lista ao final do texto).

O Prêmio IPP Rio Maurício de Almeida Abreu busca estimular a reflexão sobre o processo de desenvolvimento da cidade e de sua região metropolitana. O objetivo é divulgar o conhecimento de qualidade que é produzido no país e estimular o debate sobre políticas públicas para o Rio.

Na 1ª edição do prêmio, em 2011, o grande vencedor foi o trabalho de antropologia cultural de Mylene Mizrahi “A Estética Funk Carioca: criação e conectividade em Mr. Catra”. Já em 2017, na 2ª edição, o prêmio principal foi dado a um trabalho do geógrafo Igor Martins Robaina, chamado “População em situação de rua, espacialidades e vida cotidiana”.

Maurício de Almeida Abreu, que dá nome ao prêmio, foi um geógrafo carioca de grande contribuição para o desenvolvimento da geografia histórica e urbana no Brasil. Professor titular do programa de graduação e pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado na Universidade do Estado de Ohio, tinha no Rio de Janeiro seu objeto de investigação. O processo de fracionamento das terras urbanas cariocas desde o período da fundação em 1565 até o século XX, o aparecimento das favelas e sua disseminação e a avaliação das políticas de urbanização da cidade eram o motor de seu trabalho.

Sua obra mais conhecida é “Evolução Urbana do Rio de Janeiro”, livro lançado nos anos 1980 e no qual retrata de maneira detalhada os processos de transformação pelos quais passou a cidade. Para a professora Fania Fridman, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o livro é um clássico sobre a cidade. “Esse é um livro que, sem separar o teórico do empírico na pesquisa geográfica, procura explicar o presente através do passado, retomando os olhares da Geografia na sua interface com a História”.

Campeão de vendas e esgotado nas livrarias, com poucos e raros exemplares espalhados em sebos da cidade, “Evolução Urbana do Rio de Janeiro” está sendo reeditado pela livraria do Instituto Pereira Passos. Esta 5ª edição faz parte das comemorações do Bicentenário da Independência e já está disponível para vendas na Livraria do IPP.

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